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Arquitetos: Eduardo de Almeida, Mindlin Loeb + Dotto Arquitetos; Eduardo de Almeida, Mindlin Loeb + Dotto Arquitetos
- Área: 21950 m²
- Ano: 2013
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Fotografias:Nelson Kon
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Fabricantes: Hunter Douglas, Dutotec, Estrutel, Fortemetal, Neocom, Penetron, Previnsect, Reinstall, Sul Metais, ULMA Architectural Solutions, Wall Systems, Werden
Descrição enviada pela equipe de projeto. Eduardo de Almeida e Rodrigo Mindlin Loeb assinam o projeto da Biblioteca Brasiliana. O edifício, com mais de 20.000 m², abrigará o raro acervo de 17 mil títulos doado pelo bibliófilo à universidade.
No final de 1999, o bibliófilo José Mindlin transmitiu para o neto, Rodrigo Mindlin Loeb, e para o amigo Eduardo de Almeida, uma missão: tocar o projeto da biblioteca que abrigaria a rara coleção de livros – o maior acervo particular do Brasil, com cerca de 17 mil títulos e 40 mil volumes – que doou para a Universidade de São Paulo (USP). Quando Mindlin faleceu, em fevereiro de 2010, aos 95 anos, a obra avançava, vencendo obstáculos, e sua concretização era apenas uma questão de tempo.
O edifício de 21.950 m2 foi inspirado em conceituadas bibliotecas de outros países, como a Beinecke Rare Book & Manuscript Library (Biblioteca Beinecke de Manuscritos e Livros Raros), da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, e a Biblioteca Saint Geneviève, de Paris, na França. A Library of Congress (Biblioteca do Congresso), de Washington, foi consultada para definir diretrizes de conservação das obras.
O complexo, que também abrigará o acervo do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB), conta ainda com livraria, cafeteria, sala de exposições e auditório para 300 pessoas.
O projeto levou em conta elementos sustentáveis. Todos os espaços são ligados por uma grande cobertura com lanternim central de vidro laminado, o que permite a entrada de luz natural, promovendo economia de energia, além de filtros UV e um plano de chapa perfurada, que protegem os livros de radiação solar direta. O Instituto de Elétrica e Eletrônica (IEE) da USP desenvolveu um projeto de geração de energia fotovoltaica na cobertura do edifício. Com potência de 150kw, deve suprir a demanda do complexo durante o dia.
O paisagismo integrado criará um bosque no entorno da edificação. A implantação da obra teve remanejamento de algumas árvores com replantio bem sucedido. A construção também foi compensada com o plantio de milhares de mudas no bairro do Butantã.
A Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin consumiu cerca de R$ 130 milhões. Além dos recursos orçamentários da USP, a construção do edifício contou com o apoio do Ministério da Cultura, da Fundação Lampadia e do BNDES, e com o patrocínio (por meio da Lei Rouanet) da Petrobras, CBMM, CSN, Fundação Telefônica, Suzano Papel e Celulose, Votorantim, Grupo Santander, Raízen, Cosan, Natura e CPFL.